segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Dores do mundo

Ontem ao assistir a um programa jornalístico, no qual estava dando uma matéria intitulada "epidemia do crack", me deparei com uma realidade cruel e nociva, que aos poucos está levando, não somente jovens, embora seja a maioria, mas também muitos adultos ao fundo do poço. É uma verdadeira degradação humana, pessoas totalmente desumanizadas, perdidas em devaneios, desprovidas de qualquer sentimento. Aliás, este é um dos primeiros sintomas dos dependentes de crack, eles não tem amor, carinho, saudade, sequer algum tipo de afeto por alguém que faça parte de suas vidas.

Ao ver esta reportagem me senti tão mal, é como se eu vivesse alheia a tudo isso, deve ser por que não nos acostumamos a viver num mundo tão tenebroso e nem queremos nos acostumar. Não é ficção ou uma novela, é a mais dura realidade diante dos nossos olhos, pessoas precisando de um resgate imediato. Um filho que diz convicto saber estar viciado e que não quer se curar de tal doença, que não quer sair do buraco onde está, que cita um artigo do código dos internados em casas para dependentes químicos, que fala que um viciado só pode ser curado se ele quiser. Uma realidade que nos apresenta uma mãe desesperada, pois perdeu seu único filho para as drogas, definitivamente, e pelas próprias mãos, porque em legítima defesa teve que atirar no próprio filho que se encontrava no áuge do delírio. Uma família destroçada!

Qual é a justificativa para isso??? O marginalismo? A criminalidade? A falta de amor, conceito de família, cuidado ou dinheiro? Acredito que não, pois estes jovens tinham tudo isso e não viviam a margem da sociedade, mas por meio das drogas conheceram o mundo do crime.
Histórias reais, que cada vez mais estão próximas de nós. Esta mãe citata mora a alguns bairros da minha casa; pessoas que eu admirava, ou que achava linda quando criança, estão hoje viciadas nesta droga.
Eu me pergunto, o que nós estamos fazendo como igreja do Senhor, o que estamos de fato fazendo em relação aos nossos jovens. Já fui adolescente e convivi de perto com toda esta realidade e acredito que é este sentimento que me faz tão sensível a isto, pois um dia eu estive do lado de lá e hoje o que eu estou fazendo particularmente para ajudar a quem precisa???

Sei que não devemos nos martirizar ou ficar procurando culpados, por isso te convido a orar por estas vidas perdidas no vício, orar pelas famílias para terem sabedoria para educar seus filhos no caminho da luz, orar pelos governantes desta terra para que dissipem com o tráfico de drogas, enfim, orar por um mundo melhor e sem dor.

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